
Questionada sobre possíveis mudanças em seu secretariado, a prefeita afirmou que ninguém iria se afastar, “a não ser o secretário de Governo, Waldemir Catanho, que poderá se desincompatibilizar no dia dois de abril”. Por ora, Luizianne prefere não revelar quais são os planos de Catanho: “Não sei se (ele vai concorrer) a vice de Cid, mas o Catanho vai ser candidato a alguma coisa, certamente”.Para o 2º vice-presidente do PT estadual, Antônio Carlos de Freitas Souza, a resolução do partido é clara: “Caminhamos para indicar o vice na chapa de Cid Gomes à reeleição e lançar ao Senado dois nomes da base aliada ao governo Lula”. De acordo com Antônio Carlos, o PT está unido com Cid por julgar que o governador vem realizando uma gestão “democrática-popular”.
Fator Ciro
Mesmo que o endosso à reeleição de Cid Gomes seja praticamente unânime dentro do PT, Antônio Carlos faz coro a Luizianne e reconhece que o quadro nacional poderá levar o partido a tomar outra decisão. A prefeita fala em “conjuntura política”; ele fala no irmão do governador. “Se Ciro Gomes mantiver sua candidatura presidencial, não tenha dúvida de que isso terá repercussão nas alianças estaduais em todo o país”, frisa.As intenções de Ciro Gomes (PSB) quanto ao pleito de outubro são incertas. O deputado federal diz querer a Presidência, e, ao mesmo tempo, não descarta concorrer ao Governo de São Paulo. Antônio Carlos afirma que, no caso de Ciro candidatar-se a presidente e contar com o apoio do irmão no Ceará, “a hipótese (de candidatura própria do PT ao Governo) poderá ser colocada”. Isso porque, conforme o dirigente petista, o partido tem a missão de garantir o palanque estadual da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e assegurar a continuidade do projeto Lula.
(Jornal O Estado)
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